setembro 08, 2021

Do Amor e das Artes

Ao som do marulhar 🌊 e dos sonoros assobios   das gaivotas, observo...

Além, um barco das artes das pescas, os homens e os tratores que insistem em fazer nova a sua velha arte xávega. Arte de antes do tempo  do meu avô, pescador, e que já trazia às gentes peixe fresco do mar. Para os homens de pele salgada e rugas vincadas no bronzeado de trabalhar de sol a sol, aquele é o seu sustento,  que lhes traz, mais que o  que comer, também o que sonhar. Artesãos do mar, que não lhes falte o pão e que lhes seja dada a dignidade por se fazerem ao mar e agitarem as aves. 

Não sei se por ter nascido perto do mar, nem sequer sei se é preciso encontrar razões para amar o mar, mas aqui, na praia, sou feliz. Aqui todas as cores e tonalidades de um verão que se aproxima de se fazer outono me parecem  as mais belas, as mais nítidas, e o que vivo me é suficiente e me basta.

Basta - me o amor, em todas as suas formas e manifestações, sem pensar se é correspondido, pois a correspondência só é requerida quando o amor nos falha. Quando o amor nos enche, tudo se apresenta em perfeito equilíbrio. Amo cada cor  que ilustra a praia, cada tonalidade de azul, cada grão minúsculo que  faz do areal o meu chão, amo cada gaivota da formatura pintalgando o branco sobre a praia. Amo os que fazem do seu suor salgado, e da sua arte, a continuação do ontem no novo hoje e no amanhã que está por chegar. 

A correspondência do amor é o próprio amar. Talvez por isso, seja este apenas o início de uma carta de amor (para ti) 😍🥰❤️...