«É impressionante como as pessoas se deixam levar pelas
rotinas e como o mundo, sobretudo nas cidades ou subúrbios, está cada vez mais
acelerado. Nas aldeias ou vilas ainda se consegue alguma qualidade de vida e
menos corre corre entre despertadores, transportes públicos, escolas, atl,
trabalho, adultos apressados e crianças com diagnóstico de hiperatividade. Trabalha-se
muito e comunica-se menos. No geral, os tempos livres são cada vez mais passados
frente à TV ou aos telemóveis. Atualmente há quem leve telemóveis para a mesa,
inclusive quando estão a comer, porque olhar para o ecrã e fazer uns quantos
cliques no “touch” é mais fácil que interagir com o meio.
Acho que deve ser recorrente, que a maioria de nós já
experimentou esse aceleramento matinal para cumprir horários. Tem de haver uma
incrível gestão do tempo para não entrar no frenesim, nas idas à casa de banho
apressadas, no pequeno-almoço tragado em poucos minutos. Os adultos, sobretudo,
são exímios nesse acelerador de tempo que é o stress. Por tudo e por nada olham
o relógio e fazem mesmo com que os segundos no tiquetaque pareçam passar mais
depressa. As crianças conseguem estar menos ligadas a cronómetros, mas também
elas começam a dar sinais da velocidade suburbana e social da atualidade.
Uma das coisas que difere das zonas rurais ou das aldeias
para as áreas urbanas, é que as pessoas não precisam de usar tanto o carro,
andam mais a pé ou de bicicleta. Também há menos gente apressada e,
normalmente, isso influencia o estado de espírito geral. Andar mais a pé ou
fazer caminhadas pode ser uma forma de se ganhar tempo. Curiosamente, aquela
meia hora, que dispensamos, pode resultar em tempo mais nas nossas ações e com
certeza mais qualidade de vida. Assim também é com a meditação ou até com um
hobby, como pintar, ir a aulas de música, sentar numa esplanada a contemplar,
andar de bicicleta ou qualquer outra atividade que nos seja prazerosa.»
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